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Era uma tarde de sexta-feira. Início da primavera. Helena, uma dinâmica mulher, acabara de chegar a sua casa, após cumprir uma cansativa agenda. Estava muito fatigada. Realmente, o dia não fora fácil. Tomou uma ducha, alimentou-se e resolveu repousar o corpo. Pretendia apenas dormitar, pois ainda tinha outras tarefas a realizar. Em poucos minutos, sem se dar conta, caiu em sono profundo e um estranho sonho passou a povoar sua mente.
Encontrava-se em um quarto enorme, na companhia de pessoas desconhecidas deitadas em espaçosas camas. Tinha o aspecto de uma enfermaria na qual homens e mulheres pareciam recuperar-se. Embora não interagisse com eles – apenas os observava com atenção – sentiu-se acolhida. Eles conversavam entre si e pareciam felizes.
De repente, sua atenção foi desviada para uma espécie de chamada telefônica – ela não usava nenhum aparelho, mas ouvia, perfeitamente, uma voz bastante conhecida. Do outro lado da “linha” estava uma de suas primas, por quem ela sempre teve especial apreço. O motivo da “ligação” era inteirar a sua quase irmã de que a mesma – Helena – havia sofrido um acidente fatal no qual tivera parte de seu rosto deformado – inclusive, perdera a orelha direita, justamente a do ouvido que estava sendo utilizado para receber a mensagem.
A princípio, Helena achou que tudo não passara de uma brincadeira de mau gosto da prima, apesar de este proceder não ser de seu feitio. Sentia-se bem, inteira e sem dor alguma. Esta informação não podia ser verdadeira. Certamente, fora um engano, um trote ou algo parecido.
Em seguida, Helena repetiu a “notícia” para os seus companheiros de quarto. Comentou sobre o absurdo do que lhe fora transmitido. Para seu espanto, nenhum deles fez comentário algum. Limitaram-se a olhá-la inexpressivamente. Sem encontrar apoio, levantou-se e abriu a porta do quarto. Ao erguer a vista, teve uma visão que a fez gelar e sentir uma emoção indescritível. À sua frente, sentada em uma cadeira de balanço, sorrindo para ela, estava a sua amada avó, falecida há 29 anos. Diante dessa evidência, Helena não teve outra alternativa senão aceitar “a realidade”. Infelizmente, não deu tempo de conversar com sua avó, pois sua mãe, intrigada com o seu demorado descanso, a despertou.Copyright © Josselene Marques
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Um comentário:
Está passando nos cinemas brasileiros, um filme sobre esse tema. Acredito ser uma produção nacional. Agora, esse é o tipo de sonho que, se a pessoa for sensitiva deve ficar preocupada - ainda mais se essa sensitividade já tenha produzido algum momento real - , porém, na maioria das vezes, é apenas acúmulo natural de arquivos. Bem, na verdade, não sou nenhum expert no assunto. Na verdade, na verdade mesmo, eu não entendo nada... Mas,
Abraço,s
Raí
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