Foto: digitalização
O título deste “post” soa como uma sandice. Que prazer alguém poderia sentir ao ser atacado por um bando de foras-da-lei?
Pois eu senti. E este ataque foi um dos melhores presentes que esta cidade já recebeu.
Na verdade, estou me referindo ao livro “O Ataque de Lampião a Mossoró – Trovas” (que narra o conhecido feito histórico dos 158 heróicos cidadãos mossoroenses no combate ao bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva) da autoria do escritor, poeta – detentor de vários prêmios literários e três livros já publicados – membro fundador da Academia Mossoroense de Letras - AMOL, bancário aposentado e bacharel em Direito Gilbamar de Oliveira Bezerra. O lançamento de mais este título aconteceu ontem, às 19h00min, na livraria Siciliano - West Shopping.
Foto: Ana Kaddja
Certamente, todas as pessoas, que compareceram, retornaram aos seus lares com uma obra de qualidade e incalculável valor histórico, um rico trabalho de pesquisa, mais uma fonte para os estudiosos e todos aqueles mossoroenses que conservam os liames com sua terra natal. E o melhor: em trovas, rimas adequadas e métrica perfeita – o que facilita a memorização. Sugiro até à equipe da Gerência de Educação, deste município, e aos colegas professores que vejam a possibilidade de adquirí-lo para as nossas bibliotecas e/ou indicá-lo como leitura obrigatória. É, sem dúvida, um subsídio excelente para o aprendizado da história desta cidade.
Hoje, pela manhã, concluí a leitura de suas 120 páginas e aprendi muito, pois neste relato, em especial, há fatos – colhidos pelo autor nos depoimentos dos sobreviventes ainda residentes em Mossoró – que não constam nas fontes disponíveis. Só este diferencial já justifica a aquisição e a leitura desta obra.
Como se não bastasse tudo isso, tivemos ainda uma noite agradabilíssima na companhia do autor e de sua amável esposa Ana Kaddja – um casal simpático, inteligente, culto, viajado e que faz questão de compartilhar o que sabe; de uma simplicidade que impressionou aos que sabiamente, diante de uma copiosa programação cultural junina, optaram por este evento.
Creio que fiz mais dois grandes amigos e, confesso, o clima era tão acolhedor que não observei o passar das horas. Só me dei conta quando vi um funcionário cerrando as portas da livraria. A contragosto, tivemos que pôr termo ao nosso edificante colóquio e nos despedir. Sinto muito pelos amigos que, por diferentes motivos, não puderam prestigiá-los. Não tenho dúvidas, se tivessem ido, teriam ganho a noite - como eu.
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