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domingo, 26 de julho de 2009

JUBILEU DE OURO DA MINHA ESCOLA DO CORAÇÃO

Eu e minhas irmãs,
no Ensino Médio da EEJR
(Um desfile de 7 de setembro)
Foto: arquivo pessoal

Foto: Blog da escola


Ontem, 25.07.09, às 8h30min, no auditório Kiko Santos da Escola Estadual Jerônimo Rosado, foi realizada a abertura das festividades alusivas aos 50 anos de existência da mesma através de um ato ecumênico presidido pelo Padre Sátiro Cavalcanti Dantas e pelo Pastor Anselmo Rodrigues da Costa, auxiliados pelo missionário Julimar. Esteve presente um bom número de ex e atuais diretores, professores, funcionários e alunos.

Era patente a empolgação dos celebrantes – ambos com pelo menos duas décadas, de sua existência, dedicadas a este estabelecimento de ensino – e da professora e ex-diretora Maria Natália Bezerra da Costa ao relembrarem o que a escola representou para a educação de Mossoró.



Realmente não tem sido tarefa fácil manter em funcionamento, por cinco décadas, a segunda maior escola do estado, em estrutura física – que atualmente está desgastada e aguardando uma reforma ampla para setembro deste ano. Contudo, apesar dos entraves, ela é um exemplo de resistência por contar com o espírito de luta, persistência e superação de todas as pessoas que por lá têm passado. Uma prova disso é o período em que está sendo comemorado o seu jubileu de ouro. Na verdade, ele já aconteceu desde março e só agora a coordenadora das festividades, professora e presidente do Conselho Escolar Aldenora Gomes Barbosa, conseguiu os recursos necessários para dar início às comemorações, que constarão de um ato ecumênico, um livreto sobre os 50 anos de sua história, um seminário de educação, da criação do hino da escola, da realização do dia do abraço, da montagem de seu memorial, do encontro das gerações e dos campeonatos de xadrez e de diversas outras modalidades.
Fundada em 03.03.1959, no governo de Dinarte Mariz, com o nome de Instituto de Educação de Mossoró, posteriormente, modificado para Colégio Estadual de Mossoró, em seguida, Centro Educacional Jerônimo Rosado e, finalmente, Escola Estadual Jerônimo Rosado tem formado milhares de pessoas e centenas delas ocupam lugares de destaque na sociedade mossoroense: reitores de universidades, políticos, educadores, juristas, artistas, poetas e escritores entre outros nas mais diferentes áreas. Também já serviu de sede do governo estadual por duas vezes.
Em alguns períodos de sua história, não fosse pela ação do seu quadro de profissionais comprometidos, qualificados e experientes, provavelmente, já teria fechado as suas portas. Esperamos que, nesta fase de festejos, as autoridades e seus ex-alunos influentes olhem com mais carinho para este patrimônio educacional que, mesmo enfrentando dificuldades, continua oferecendo um ensino de qualidade e garantindo a aprovação de seus alunos em diversos concursos – só isto já justifica todo e qualquer investimento.


E.E. Jerônimo RosadoVisão da portariaFoto: Raul Pereira

Ao fazer este registro, não pude deixar de relembrar o tempo no qual tive o privilégio de fazer parte do seu corpo discente. Em suas espaçosas salas de aula, concluí os ensinos fundamental e médio. Em seus bancos escolares, aprendi e reforcei valores éticos, comecei a respeitar as diferenças, as pessoas em geral e, principalmente, os mais velhos, os pais e os professores. Outra coisa importante que lá me foi ensinada: o amor pela pátria. Todas as quintas-feiras, as professoras reuniam seus alunos, no pátio lateral da escola, para cantarem o Hino Nacional diante da Bandeira Nacional. Todos o sabiam de cor e eram orientados a manterem uma postura condizente com a ocasião (ficávamos enfileirados tal qual um exército em parada militar) e não dispensavam a mão no peito – em sinal de deferência. Eu tinha apenas sete anos, mas me lembro de um dia no qual estávamos em uma dessas “ordens unidas” e um coleguinha desmaiou exatamente no momento em que iniciávamos o canto da segunda parte do Hino Nacional. A pobre criança fora para a escola sem o seu desjejum e, com o calor e o sol forte, sofrera uma súbita vertigem. O que você imagina que aconteceu a seguir? Simplesmente, continuamos inertes - apenas cantando. Só após a conclusão do Hino, corremos para socorrê-lo. Depois de reanimado, ele foi levado à cantina e devidamente alimentado. Em poucos minutos, retornou à sala de aula totalmente recomposto para alívio de todos nós.



E.E. Jerônimo RosadoFoto: Blog da escola

Lamentavelmente, nos dias atuais, a realidade é bem diferente. Patriotismo para muitos é alienação e respeito é artigo de luxo. Na última Copa do Mundo eram poucos os jogadores que sabiam cantar o nosso Hino corretamente.Também sinto muita saudade dos desfiles cívicos nos dias 7 de setembro (Independência do Brasil) e 30 de setembro (Libertação dos Escravos em Mossoró). Eu e minhas irmãs sempre participávamos. Toda vez que escuto uma banda marcial são inevitáveis as lembranças daqueles tempos maravilhosos e que, infelizmente, não mais voltarão.


Eu aos 18 anos
Desfile em um 30 de setembro Foto: arquivo pessoal
Finalmente, quero parabenizar a todos aqueles que fizeram e fazem parte da bela história da minha/nossa escola do coração. Aproveito também para agradecer ao meu cunhado-irmão e professor, desta escola, José Bino de Oliveira. Como não pude comparecer ao evento, foi graças às informações colhidas junto a ele que tive condições de registrar este acontecimento histórico.


Copyright © 2009 – Josselene Marques
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

OUTRORA


Cozinha antiga
Imagem: WEB


OUTRORA
© 2009 Josselene Marques

Hoje, folheando uma revista, vi uma foto de uma casa antiga na qual se destacava um dos cômodos que, no passado, era o mais visitado e agradável de estar. Se você pensou em cozinha, acertou. Exatamente. Outrora, as cozinhas eram espaçosas e, geralmente, as mães e as avós eram as responsáveis pela preparação das iguarias apreciadas por todos. Recordo-me que sempre havia frutas, um bolo ou outro postre sobre a mesa comprida que juntamente com os tamboretes, o pilão, as máquinas de moer carne e milho, a balança, o fogareiro ou forno à lenha e os demais utensílios domésticos compunham a mobília deste espaço deveras acolhedor.

A cozinha era o território preferido tanto de quem gostava de cozinhar quanto de quem apenas desejava degustar os deliciosos pratos ou, simplesmente, sentar-se e conversar.

Apesar de ser relativamente jovem, ainda alcancei esse tempo. Era bem criança, mas me lembro. Na adolescência, tive o privilégio de contar com quatro professoras de culinária: minha avó, minha mãe e duas tias. Chego a salivar, quando me vem à lembrança a carne assada que minha avó preparava. Deixava-a tão tenra que, antes de comê-la, eu a desfiava com os dedos – previamente bem lavados, naturalmente!

Nas camadas mais humildes da população, as refeições eram servidas na própria cozinha e, após alimentarem-se, todos ajudavam a lavar e enxugar a louça. Era uma festa! Parecia um mutirão. Todos alegres e satisfeitos, cantando, dialogando; enfim, vivendo de acordo com a sua realidade, sem estresse, sem pressa. Naquela época, os alimentos eram naturais, tinham mais sabor e nós tínhamos tempo de senti-lo.

Hoje, as cozinhas das casas e dos apartamentos populares são tão pequenas que mal permitem a uma pessoa se locomover. As mães trabalham fora, para ajudar no orçamento familiar, e são raras as que têm tempo de cozinhar. Muitas acabam optando por comerem de marmita ou quentinha. Aquele bolo ou doce diário somente, talvez, quem sabe no domingo, se der tempo. As conversas ficaram inviáveis – mesmo que as pessoas tivessem tempo, não haveria espaço físico suficiente. A carne já vem moída do supermercado. Quanto ao milho, nada que um liquidificar ou multiprocessador não dê conta. As refeições em família são pouco frequentes, ou porque os horários não coincidem ou devido à distância entre os lares e os locais de trabalho. Desta forma, não resta outra opção senão fazer um lanche nas imediações ou no próprio estabelecimento comercial ou industrial. Já a lavagem da louça, dependendo das “normas da casa”, é feita, à noite e por escala, pela mãe ou pela irmã mais velha. No tocante à alimentação, atualmente, seja em casa ou no trabalho, mal mastigamos – e isto é péssimo. Praticamente, não conseguimos nos concentrar para sentirmos o gosto dos alimentos devido às múltiplas atividades que temos de desempenhar e ao tempo reduzido que nos sobra para satisfazer esta necessidade básica. Pensando bem, não sei se valeria a pena senti-lo, pois com tantos alimentos geneticamente modificados e amadurecidos artificialmente o sabor não seria o mesmo.

Com base nas minhas recordações e reflexões, embora valorizando o progresso, a praticidade e o conforto, creio que eles nos custam muito caro, já que nos privam de uma vida simples, saudável e, com certeza, mais feliz.


domingo, 19 de julho de 2009

19.07.09 - Dia do Amigo - You've got a friend - James Taylor/Carole King

Imagem: WEB

Amanhã, 20 de julho, celebraremos o Dia do Amigo. Normalmente, é uma data que não passa em branco. Dependendo do país e da cultura de seu povo, ela merece maior ou menor destaque.

No Brasil, observamos manifestações de apreço, carinho e a troca de cumprimentos mais efusivos entre as pessoas.

Feliz Dia do Amigo a todos vocês que me honram com suas visitas e abraços especiais para os meus leitores/amigos fiéis.

Abaixo a letra e a tradução de uma bela canção que fala de como deve proceder o amigo verdadeiro.

WHEN YOU'RE DOWN AND TROUBLED
Quando você estiver deprimido (a) e preocupado (a)

AND YOU NEED SOME LOVING CARE
E precisar de uma de uma força

AND NOTHING, WHOA, NOTHING IS GOING RIGHT
E nada, oh, nada estiver dando certo

CLOSE YOUR EYES AND THINK OF ME
Feche seus olhos e pense em mim

AND SOON I WILL BE THERE
E logo estarei aí

TO BRIGHTEN UP EVEN YOUR DARKEST NIGHT
Para iluminar até mesmo a sua noite mais sombria

YOU JUST CALL OUT MY NAME
Diga apenas, o meu nome

AND YOU KNOW WHEREVER I AM
E saiba que, onde quer que eu esteja,

I'LL COME RUNNING, TO SEE YOU AGAIN
Virei correndo, vê-lo (a) de novo

WINTER, SPRING, SUMMER OR FALL
Inverno, primavera, verão ou outono

ALL YOU’VE GOT TO DO IS CALL
Tudo que você tem de fazer é chamar

AND I'LL BE THERE, YEAH, YEAH, YEAH NOW
E eu estarei aí, sim, sim, sim, agora

YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo

IF THE SKY ABOVE YOU
Se o céu, acima de você

SHOULD TURN DARK AND FULL OF CLOUDS
Parecer escuro e nebuloso

AND THAT OLD NORTH WIND
E aquele velho vento Norte

SHOULD BEGIN TO BLOW
começar a soprar

KEEP YOUR HEAD TOGETHER
Mantenha-se calmo

AND CALL MY NAME OUT LOUD NOW, BABY
E me chame bem alto, agora, querido (a)

SOON I'LL BE KNOCKING UPON YOUR DOOR
Logo estarei batendo à sua porta

YOU JUST CALL OUT MY NAME

Diga apenas o meu nome

AND YOU KNOW WHEREVER I AM

E saiba que, onde quer que eu esteja,

I'LL COME RUNNING, TO SEE YOU AGAIN

Virei correndo, vê-lo (a) de novo

WINTER, SPRING, SUMMER OR FALL
Inverno, primavera, verão ou outono

ALL YOU’VE GOT TO DO IS CALL ON ME
Tudo que você tem de fazer é chamar

AND I'LL BE THERE, YEAH, YEAH, YEAH
E eu estarei aí, sim, sim, sim

TELL ME AIN'T IT GOOD TO KNOW
Diga-me: não é bom saber

THAT YOU'VE GOT A FRIEND
Que você tem um amigo

WHEN PEOPLE CAN BE SO COLD
Quando as pessoas podem ser tão frias

THEY'LL HURT YOU, AND DESERT YOU
Elas o ferirão e magoarão

THEY'LL TAKE YOUR SOUL IF YOU LET THEM
Elas tirarão a sua alma, se você permitir

DON'T YOU LET THEM
Não lhes permita

YOU JUST CALL OUT MY NAME

Diga apenas, o meu nome

AND YOU KNOW WHEREVER I AM
E saiba que, onde quer que eu esteja,

I'LL COME RUNNING, RUNNING
Virei correndo, correndo

YEAH, YEAH, YEAH TO SEE YOU AGAIN
Sim, sim, sim vê-lo (a) de novo

WINTER, SPRING, SUMMER OR FALL
Inverno, primavera, verão ou outono

NOW, ALL YOU’VE GOT TO DO IS CALL
Tudo que você tem de fazer é chamar

AND I'LL BE THERE, YEAH, YEAH, YEAH, NOW
E eu estarei aí, sim, sim, sim, agora

YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo

YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo

AIN'T IT GOOD TO KNOW
Não é bom saber?

YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo

AIN'T IT GOOD TO KNOW (3x)
Não é bom saber?

YEAH, YEAH, YEAH
Sim, sim, sim

YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo


Copyright © 2009 – Pura Inspiração - Revelação
© Todos os Direitos Reservados


quinta-feira, 16 de julho de 2009

AZUL

Imagem: Webshots


Hoje, a visão de uma obra de arte me fez lembrar de um dia especial no qual vislumbrei raros tons de azul, através da janela de um recanto à beira-mar.

Esse dia tornou-se inesquecível porque tive o privilégio de ver uma paisagem incomum: o mar, potencializado pela luz do sol, refletiu o azul do céu em monocromia de matizes vivos - quase berrantes e jamais vistos por mim até então.

Foi instantâneo o interesse despertado por aquele cenário. Não satisfeita com a limitação imposta pelo contorno da janela, deixei o meu apartamento e iniciei uma caminhada pela praia. Segui sem rumo. Deixei-me atrair por aquela beleza natural numa espécie de hipnose. Assim procedendo, ampliei o meu campo de visão e pude avistar, mais claramente, o azul do céu e o do seu reflexo na imensidão do mar. Que espetáculo! Cheguei a perder a noção do tempo.

Foi uma experiência maravilhosa ter o privilégio de enxergar, simultaneamente e de forma ampliada, as várias tonalidades desta cor. Se me fosse perguntado, não saberia dizer de qual matiz mais gostei, pois gosto de todos. Simplesmente, aprecio o azul.

Azul é uma cor que acalma e contribui para a saúde emocional além de proporcionar condições para exercitar a mente com clareza. Por incrível que pareça, na presença do azul, a inspiração pode atingir o seu grau máximo.
Apesar de ser classificada como a mais fria das cores, no Brasil, quando alguém se sente feliz, diz que “está tudo azul”. Já em outros países, ela é sinônimo de tristeza.
Independente do que ela represente, de sua fonte e de seus efeitos sobre o organismo, o azul é lindo e é uma de minhas cores favoritas.



Copyright © 2009 – Josselene Marques
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

CAMINHO DE FLORES

Imagem: WEB

Em minha vida, sempre busco e sigo o caminho das flores. Nele me deixo encantar por estas maravilhas da natureza que asseguram a reprodução de novas plantas de sua espécie. Sua contínua floração me alenta a esperança de que no mundo inteiro haverá renovação - Uma espécie de autorregeneração.

Nas culturas humanas, elas simbolizam inocência, paz, azar, status, amor, salvação, metamorfose, fertilidade, morte e redenção.

Elas se apresentam com vestes multicolores de imensa e deslumbrante beleza.

Prefiro as rosas - as mais sedutoras das flores. Elas me fazem lembrar dos vários tipos de amores que, como elas, deliciam e matizam o meu viver.

Copyright © 2009 – Josselene Marques
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ROBERTO CARLOS: 50 ANOS CANTANDO O AMOR

Roberto Carlos comemora 50 anos
de carreira em show no estádio do Maracanã


No último sábado, 11.07.09, no estádio carioca do Maracanã, o cantor e compositor Roberto Carlos realizou um belo e inesquecível show.


Esta apresentação foi o segundo evento dos cinco previstos para as comemorações dos 50 anos de sua carreira. O primeiro aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo. O próximo: "Emoções Sertanejas" vai reunir os principais nomes do gênero e o concerto "RC Rock Symphony" terá astros do rock nacional. Em janeiro de 2010, "Expo RC 50 anos" deve acontecer na Oca do Ibirapuera, em São Paulo.

De terno branco, o carismático astro de nossa música entrou no palco, dirigindo um calhambeque azul, e a primeira música a ser cantada, para 68 mil pessoas extasiadas e, em sua maioria, indiferentes à chuva que caía, foi “Emoções". A esta se seguiram os seus maiores sucessos para a grata satisfação de quem o prestigiou.

Com o bom humor que lhe é peculiar, o Rei fez piadas e brincou com a sua legião de admiradores: "Como é que eu posso fazer 50 anos de carreira, se eu não tenho essa idade, bicho?".

O momento mais emocionante foi a celebração de sua amizade com Erasmo Carlos. Ambos choraram abraçados e quase não conseguiram terminar a canção. Logo depois, eles receberam Wanderléia e cantaram juntos, relembrando o tempo da Jovem Guarda. Nos últimos minutos do show, Roberto Carlos fez uma declaração de amor ao público cantando "Como é grande o meu amor por você" e "É Preciso saber viver". A seguir, ao som de "Jesus Cristo", um final apoteótico com direito a jogos de luzes e fogos de artifício. O público incansável e apaixonado lamentou o encerramento de sua apresentação. O grande homenageado deixou o palco como entrou: em um conversível azul.

O que mais me impressiona, neste artista extraordinário, é a sua intimidade com o amor. Realmente, de amar e ser correspondido ele entende tudo. Durante a sua carreira, Roberto Carlos compôs centenas de letras e cantou o amor de todas as formas. Suas canções descrevem o mais sublime dos sentimentos da conquista até o fim do relacionamento. Há, em seu repertório, uma trilha sonora para cada momento do amor ou da relação.

O Rei é unanimidade: todos o amam, apreciam suas músicas e se identificam com algumas delas. Não é à toa que ele está sempre em evidência e jamais perdeu a majestade, atravessando as décadas com o mesmo padrão de sucesso musical e com um público que se renova e amplia a cada dia.

Desejo que ele comemore, ainda, muitos anos de música entre nós – seus maravilhados e entusiasmados fãs.



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sexta-feira, 10 de julho de 2009

PALAVRAS


De súbito, sobrevem um imenso
E incontrolável desejo de escrever.
Então, apercebo-me da minha impotência
Diante dos sublimes sentimentos,
Transmutados em palavras,
Que fluem incontroláveis
Do íntimo deste amoroso coração.
Tento contê-las, censurá-las, ordená-las,
Todavia não consigo
– todo esforço é vão.
Irreprimíveis, elas saltam apressadas,
Numa corrida desenfreada em tua direção.
Têm por fim confortar a tua alma
E, mais uma vez, confessar sua emoção.

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10.07.09 - Firmeza de ânimo

Persistência
Imagem: WEB

"Transportai um punhado de terra todos os dias e farás uma montanha."

Confúcio (551 a.C. - 479 a.C) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse. Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China, mas também sobre toda a Ásia oriental.

domingo, 5 de julho de 2009

Meu poema

Imagem: WEB
Em um poema, deixei meus pensamentos eternizados.
Sem censura, os meus sentimentos revelados.
No papel, a saudade em versos convertida
E nele estampada a chama de uma vida.



Copyright © 2009 – Josselene Marques
© Todos os Direitos Reservados

Feliz recomeço

Imagem: WEB
Na quinta hora da manhã, numa próspera cidade do nordeste brasileiro, Marcos – um homem relativamente jovem e atraente – cumprindo a rotina para uma vida saudável, despede-se do porteiro do seu edifício e, a passos largos e firmes, inicia a sua atividade física diária: sua caminhada matinal.


Depois da partida de sua esposa, resolvera aposentar-se. Encerrara a carreira de funcionário público na tentativa de recomeçar sua vida. Como seus três filhos – todos maiores, independentes e excelentes profissionais – residiam no exterior e raramente o visitavam, vivia solitário em uma casa espaçosa e confortável, repleta de lembranças do seu passado. Após o período de luto, optara por alugá-la e comprara um apartamento aconchegante próximo a uma reserva florestal.

A vista de sua janela era deslumbrante. Árvores gigantescas, de diferentes matizes de verde, eram a moldura daquele espaço natural que passara a habitar. Havia também um pomar com uma variedade capaz de atender a todos os gostos.

À noite, podia sentir os aromas de frutas, flores e mato. Eles o inebriavam. No entanto, ele preferia o dia, a luz do astro-rei e o colorido da natureza. Toda a beleza e a tranquilidade daquele ambiente, no qual era acordado pelo canto dos passarinhos, não o faziam feliz. Muitas vezes, mergulhava em recordações tristes e, em seu íntimo, alimentava o desejo de ter uma nova companheira que o amasse e entendesse para que pudesse voltar a sorrir – coisa que, praticamente, desaprendera, pois não sentia vontade de fazê-lo desde que se vira completamente só.

Após três voltas de aquecimento, na pista que circundava o condomínio, ele iniciara o seu Cooper. Como era feriado, havia poucos caminhantes, todos idosos e vizinhos seus. Nenhum deles conseguira acompanhar o seu ritmo e ficaram para trás. A certa altura, observou que se distanciara consideravelmente dos demais. Estava desacompanhado naquele lugar, como também estava em sua vida. De repente, ouviu gemidos. Caminhou, guiando-se pelo seu som, e teve uma surpresa e tanto: sentada, com uma expressão de dor nos lindos olhos verdes, de uma tonalidade incomum, estava a mais bela mulher que já vira em toda a sua vida. Loira, cútis clara, com aparência de porcelana, rosto de traços suaves no qual se destacavam além dos olhos expressivos, lábios carnudos e rosados que o fizeram paralisar. Por alguns instantes, chegara a pensar que se tratava de um sonho, contudo, mais um gemido o fez voltar à realidade. À sua frente estava uma mulher de carne e osso – uma rainha, na sua visão – que precisava de ajuda. Ela torcera o pé ao pisar em uma parte irregular do terreno. Solidário e prestativo, ele a cumprimentou e providenciou para que se apoiasse em um de seus ombros e pediu que ela lhe indicasse o caminho de sua casa. O contato com aquele corpo cheio de curvas e contracurvas o desconcertou sobremaneira. Ficou radiante ao descobrir que eram vizinhos. Ela morava sozinha. Seus pais viviam em uma pacata cidade interiorana e alugaram um daqueles apartamentos para ela poder dar continuidade aos seus estudos de nível superior. Ela cursava o segundo ano da faculdade de Gastronomia. Adorava cozinhar. Tinha vocação. Quanto aos assuntos do coração, há um ano não namorava, apesar de ser bastante admirada e assediada. Até simpatizara com alguns pretendentes, mas sua prioridade eram os estudos. Queria garantir seu futuro e sua independência.

Chegando à área do edifício, ele a acomodou em uma cadeira, na portaria do prédio, e dirigiu-se ao seu apartamento para pegar a chave do carro. Em poucos minutos já estavam na estrada em busca de atendimento médico. Para o espanto de ambos, foram logo atendidos. Feitos os exames, constataram que nada de grave acontecera. O pé da jovem foi imobilizado e eles liberados. A injeção de analgésico aliviara a dor e ela estava mais calma. Ele, para controlar as emoções que aquela mulher lhe causava, procurava concentrar-se na sua tarefa de dirigir. Kátia – o nome de batismo desta jovem – só agora passara a observar o seu anjo salvador. Tinha os cabelos e os olhos castanhos. A simetria do rosto era perfeita. Estatura mediana – parecia feito sob medida para ela. Seu corpo era esbelto e ágil – isso ela percebera quando ele a amparara. Não fosse tão longo o percurso, facilmente, a teria levado nos braços. Sentiu um descompasso em seu coração ao imaginar a cena. Contemplou com admiração o seu perfil. Ele tinha uma expressão grave e ela gostou do que viu. Marcos inspirava segurança, respeito. Kátia não precisava conhecê-lo muito para constatar que era diferente dos jovens inconsequentes que se interessavam por ela e dos quais fugia; afinal, se valorizava e não estragaria seus planos por causa de aventuras com criaturas volúveis.

Marcos sugeriu que alugassem uma muleta para que ela não perdesse a autonomia. A jovem concordou.

Finalmente, voltaram para seus lares. Ele a instalou e disse que não se preocupasse com as refeições, pois ele também sabia cozinhar e as providenciaria a fim de que Kátia pudesse ter o repouso recomendado pelo médico. Marcos notou o seu constrangimento e a tranquilizou dizendo: “Tenho certeza de que você faria o mesmo por mim, se eu estivesse em seu lugar.” A moça sorriu, pela primeira vez, e ele não disfarçou o encanto que o belo sorriso lhe causou. Seus olhares se encontraram e Kátia chegou à conclusão de que não seria fácil resistir àquele homem. Marcos, por sua vez, não queria sair dali. Aquela jovem era a concretização de sua mulher ideal. No entanto, precisava ir. Necessitava de um banho. Lembrou-se de que a despensa estava quase vazia. Iria às compras. Caso contrário, seria impossível preparar o almoço e o jantar de ambos. A contragosto, retirou-se.

Retornou por volta do meio-dia. Almoçaram juntos. Ela ficou impressionada com os dotes culinários de seu protetor. Conversaram amenidades, revelaram preferências e descobriram afinidades. Tornaram-se íntimos. Mais uma vez, Marcos sentiu dificuldade para afastar-se de sua protegida e ela lamentou as horas de sua ausência.

À noite, tudo se repetiu. Estavam ainda mais unidos, atraídos e encantados um pelo outro. Pareciam velhos conhecidos. Ao despedirem-se, Kátia deixou cair a muleta e desequilibrou-se. Para impedir a sua queda, Marcos a agarrou com força. Seus rostos ficaram próximos – muito próximos – e o primeiro beijo foi inevitável. Não tinham como voltar atrás. A atração foi incontrolável. Declararam seu amor recíproco.

Nos dias que se seguiram, eles descobriram que não poderiam viver um sem o outro. Então, resolveram casar-se e ir morar no apartamento dele.
Dois anos se passaram. Neste intervalo, Kátia concluiu o seu curso e resolveu, com o apoio do esposo, montar uma empresa de consultoria na área de gastronomia.
Atualmente, trabalham juntos e felizes. Sempre que podem, tiram uma folga e viajam pelo mundo afora. Marcos, enfim, recomeçou a sua vida, ao encontrar a mulher dos seus sonhos – o seu sol –, e voltou a sorrir.



Copyright © 2009 – 2012 © Josselene Marques