É mister que vivamos o hoje intensamente |
A BREVIDADE DA VIDA
©Josselene Marques
Nesta manhã, acordei ao som de
‘Pais e Filhos’, de Renato Russo. Os acordes vieram do automóvel de um
madrugador. Confesso que até gostei deste inconveniente despertar antecipado ao
costumeiro canto dos passarinhos.
Um trecho dessa canção
fixou-se em minha mente e não mais saiu: ‘é preciso amar as pessoas como se não
houvesse amanhã’.
Então eu me pus a reflexionar:
Por que vivemos como se fôssemos eternos, sempre adiando tarefas,
reconciliações e projetos? Por que acumulamos tantas mágoas, sobrecarregando nossas
almas? Por que esperamos a perda para reconhecermos o valor de alguém?
Se a vida é curta e apenas uma
passagem, é mister que vivamos o hoje intensamente, empenhando-nos em
cultivarmos e exercitarmos o bem.
Estes instantes matutando
sobre a brevidade da vida, as incertezas que carregamos no íntimo e os mais
diversos sentimentos que nutrimos por tudo que nos cerca me renderam o poema
‘Efemeridades’, que hoje compartilho com vocês, preciosos leitores:
EFEMERIDADES
Depois de aberta, a flor
Tem quase a mesma duração
De seu distinto perfume.
O tempo é absoluto
– não espera por ninguém.
Controla a luz do dia
E o correr da noite,
Em sua transitoriedade.
A paixão se vai...
Antes que você perceba.
A alegria é passageira;
Os momentos são curtos;
A vida, pois, é só uma
passagem!
Amemos, pois, como se não
houvesse amanhã, e tenhamos um excelente e intenso sábado!
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