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domingo, 21 de novembro de 2010

Dentro de mim...


The Raccoon Story by Bill Watterson
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Ao buscar pequenos textos para uma avaliação de língua inglesa, num golpe de sorte, deparei-me com uma tirinha e, ao lê-la, descobri uma frase cuja carga semântica chamou-me a atenção:
“I’m crying because out there he’s gone, but he’s not gone inside me.” (Eu estou chorando porque aqui fora ele se foi, mas ainda continua dentro de mim).
A uma frase como esta, podem ser atribuídas, facilmente, várias interpretações de significados bem distintos.
No contexto da tirinha (que ficou conhecida como "The Raccoon Story" ou “A história do quati", publicada em março de 1987), trata-se da morte de um quati ou coati – do tupi “nariz pontudo” (mamífero parecido com um guaxinim, encontrado desde os Estados Unidos até o norte da Argentina). O pequeno animal estava enfermo e foi encontrado por Calvin (um garoto hiperativo de seis anos de idade, personagem das histórias criadas por Bill Watterson). O menino o levou para casa, cuidou muito bem dele e, naturalmente, apegou-se, isto é, passou a amá-lo. Inconformado com a sua morte, expressa, verbalmente, a sua dor - diante do que é um grande mistério para os seres vivos - através dessa frase que emociona e faz refletir.
Fiquei a pensar: como sofremos durante a vida... Quantas perdas temos que suportar... Quantas renúncias nos são impostas... Quantos desejos e frustrações abrigamos em nosso mundo interior... C'est la vie!

Para ler a história completa, acesse o site Progressive Boink em 25 Great Calvin and Hobbes Strips. O texto original, em inglês, é “The Raccoon Story” (A história do quati).
http://progressiveboink.com/archive/calvinhobbes.htm



Copyright 2010 © Josselene Marques
Todos os direitos reservados

3 comentários:

Anônimo disse...

Interessante e enigmática frase! E sabe por quê? Por que não sabemos nada sobre vida e morte, aqueles que se vão e quando vão. O sentimento, no caso, é a maior expressão de sentido que se dá a algo que desconhecemos por completo. E as perdas são, sem sombra de dúvidas, uma constante companheira em nossas vidas. Até chegar o dia em que deixaremos alguém pronunciar as mesmas palavras pronunciadas pelo garoto imperativo de 6 anos da historinha em tirinhas. Porque será que ele se foi e ainda permanece em mim? Talvez a saudade explique isso. E se formos pensar pela perda ou ausência do amor, o que dizer dessa relação que, muitas vezes apenas a satisfazemos pela simples lembrança da saudade?
É para se pensar...
Beijos!
Raí

Anônimo disse...

Quantas pessoas saem de nossas vidas (levadas pela morte ou por outros caminhos) e permanecem em nossos corações? Belo texto. Afetuoso abraço. Ângela R Gurgel

Sulla Mino disse...

Frase para imensa reflexão...E coloquei-me a pensar, pensar...

Bjks,