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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

28.12.09 - Amor a sete chaves

Imagem: WEB


Há pouco mais de uma dezena de meses, em uma aconchegante cidade interiorana, o destino apresentou dois jovens, oriundos de localidades distintas. A afinidade e o interesse entre eles foram instantâneos. Apaixonaram-se. De fato, formavam um belo casal. Completavam-se. Todavia, suas famílias não permitiam seu relacionamento. Sem dúvida, jamais veriam este romance com bons olhos. Diariamente, os dois eram obrigados a disfarçar suas emoções e sentimentos. Encontravam-se em um esconderijo. Sua correspondência era lacrada a sete selos como os antigos testamentos romanos da Idade Média. Com regularidade, eles trocavam mensagens criptografadas. Eram inúmeros os recados sigilosos enviados em códigos, entrelinhas e olhares significativos. Seus cérebros acumulavam enigmas, que só eles eram capazes de fazer a decifragem. Não confiavam em mais ninguém. Eram os únicos detentores dos próprios segredos. Em função disto, fez-se necessário construir uma linguagem e um mundo só deles, como única forma de viverem, concreta e secretamente, o seu amor. E eles conseguiram tal proeza, por um bom tempo. Até que, lamentavelmente, chegou o dia em que um deles teve que partir. A realidade os separou e o sonho acabou. Os pais do jovem não queriam correr riscos. Logo ele atingiria a maioridade. Decidiram levá-lo para longe. Seu filho não poderia unir-se àquela linda moça. O motivo? Ele era judeu e ela, cristã. Ainda hoje, apesar da distância, o sublime sentimento ainda habita em seus corações. Triste fim para este amor sem fim.


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4 comentários:

Anônimo disse...

Bela jovem:

Realmente, é um triste final. O teu miniconto nos faz refletir sobre os preconceitos que impedem a união de pessoas que se amam e a disseminação do amor pela face da Terra. Gostei deste gênero e do tema também. Estás de parabéns!

Joaquim Aziz - Alverca (Portugal).

Anônimo disse...

O mpior é que existe, de verdade, esse tipo de preconceito. Você abordou muito bem o tema, Josselene. Parabéns. Serve como uma profunda reflexão sobre a diversidade.
Abraço,s
Raí

Anônimo disse...

Cara escritora,

Você tem muito talento. Já é autora de algum livro? Se não é, já está pronta para ser. Parabéns.

Cordial abraço,

Patrick Rocha - João Pessoa/PB.

Josselene Marques disse...

Caro Joaquim:

Obrigada pela gentileza do acesso e do comentário.
Seja sempre bem-vindo!

Cordial abraço.

Raí:

Isso mesmo, mestre. É esta a minha intenção: estimular a reflexão.
Obrigada pela presença e pelo apoio.
Abraço.

Patrick:

Seu comentário é muito amável e incentivador. Sou privilegiada por ter leitores tão gentis.
Não publiquei nenhum livro. Confesso que comentários como este me fazem pensar no assunto, apesar de ainda ter um bom caminho a percorrer.
Muito obrigada.

Cordial abraço.