Foto: Josselene Marques
É noite. De volta para casa, o automóvel desliza no tapete cor de chumbo. Os faróis proporcionam uma visão limitada do percurso. A vegetação está sem cor, as sinalizações vertical e horizontal, da estrada, aparecem e desaparecem nesse jogo de luzes dos carros que se cruzam. Em alguns trechos apenas o breu. Acima de nossas cabeças, um véu escuro ornado de pequenos pontos luminosos que são insuficientes para iluminar o caminho. A lua está escondida. Recolheu-se. De súbito, uma rádio executa uma canção que me faz lembrar de ti. De longe, visualizo dois fachos de luz, de uma cor incomum, que se aproximam iluminando o trajeto, e me recordo dos teus olhos que igualmente iluminam o meu viver. O meu destino se aproxima. O meu lar me espera. Deixo para trás trajetória, escuridão, vento, velocidade, odores diversos, solidão, distância e, através de dois pontos que se ligam, interligo nossas almas e recupero a paz e o colorido de minha vida.
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3 comentários:
Viajar é bom, mas voltar para casa, para os braços de quem amamos é ainda melhor. Abraços
Pura reflexão! Gostei muito. Parabéns! Sabe, parece que me vi escrevendo, sabia? Por um momento eu pensei ter sido eu. rssssssssss.
Abraço,s
Raí
Ângela:
Concordo plenamente.
É sempre um prazer receber sua visita.
Obrigada, amiga!
Raí:
Posso interpretar esse comentário como um apoio intelectual? rsrs
Obrigada, amigo! Você é muito gentil.
Abraço.
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